A heroica recuperação de Mufasa: O Rei Leão nas bilheterias

Após estreia terrível nas bilheterias, Mufasa: O Rei Leão se recuperou e agora está próximo de se tornar lucrativo para a Disney.

A heroica recuperação de Mufasa: O Rei Leão nas bilheterias

Quando Mufasa: O Rei Leão estreou nos cinemas no final de dezembro, a mídia considerou o longa um fracasso de bilheteria. Afinal, seu primeiro fim de semana nos EUA foi de US$ 35 milhões, bem abaixo dos US$ 191 milhões do Rei Leão de 2019.

Um mês depois, Mufasa já multiplicou por 6 sua bilheteria de estreia nos EUA e arrecadou muito mais nos mercados estrangeiros.

A prequel de O Rei Leão possui um acumulado de US$ 206 milhões na bilheteria americana e US$ 382 milhões nos outros países, resultando em US$ 588 milhões globalmente.

Isso posiciona Mufasa como a 7ª maior bilheteria de 2024, tendo ultrapassado Godzilla e Kong: O Novo Império (US$ 571 milhões).

Além disso, a um custo de US$ 200 milhões, Mufasa está perto da lucratividade, ainda que em tese. A regra geral dita que, para que um longa seja considerado lucrativo para seu estúdio, ele precisa arrecadar três vezes mais o que custou.

Com isso, ele consegue cobrir não apenas os gastos com o longa como também com o marketing e o lançamento, além da porcentagem da bilheteria que fica para os cinemas.

Ou seja, Mufasa precisa ultrapassar a marca de US$ 600 milhões para que seja lucrativo para a Disney.

Após seu primeiro fim de semana, poucos na mídia acreditavam que a prequel chegaria lá. Mas agora é mais provável que Mufasa supere os US$ 634 milhões de Wonka, o musical do Natal de 2023.

Como Mufasa: O Rei Leão fez essa recuperação nas bilheterias?

Mas como isso ocorreu? Para entender isso, precisamos compreender a dinâmica dos lançamentos de Natal.

Os blockbusters da temporada de fim de ano possuem grande resiliência nas bilheterias, com carreiras que se iniciam em dezembro, passam pelas semanas do Natal e do Ano Novo e se estendem até o início do ano seguinte.

Um grande exemplo disso são os épicos de James Cameron, como Titanic e os dois Avatar. Quando o romance sobre o naufrágio estreou, em dezembro de 1997, arrecadou apenas US$ 28,6 milhões na bilheteria americana.

Não foi sequer a maior abertura de seu ano, ficando atrás de concorrentes como O Mundo Perdido: Jurassic Park (US$ 72 milhões), MIB: Homens de Preto (US$ 51 milhões), Força Aérea Um (US$ 37 milhões) e O Mentiroso (US$ 31 milhões). Uma semana antes da estreia de Titanic, o terror Pânico 2 tinha estreado com US$ 32 milhões.

Vale lembrar que Titanic foi o filme mais caro de seu tempo, com um orçamento de US$ 200 milhões. Portanto, ao ver que seu caríssimo épico tinha arrecadado menos de US$ 30 milhões no primeiro fim de semana, você pode imaginar que os executivos de Hollywood ficaram um pouco ansiosos.

No entanto, Titanic não parou por aí e teve uma carreira duradoura nas bilheterias, que durou até meados de 1998. Nos EUA, o longa saiu dos US$ 28 milhões da estreia rumo a um total de absurdos (tanto na época quanto agora) US$ 600 milhões.

Globalmente, Titanic teve uma bilheteria de US$ 1,8 bilhão em seu lançamento. Totais que, se mesmo hoje em dia são superlativos, na época então eram inacreditáveis.

Outros filmes que se recuperaram nas bilheterias

O mesmo ocorreu com Avatar, em 2009, e sua sequência de 2022. Saíram de uma estreia menor se comparada com outros filmes de seus anos rumo a totais acima dos US$ 600 milhões nos EUA e dos US$ 2 bilhões globalmente.

Numa escala menor, as longas carreiras dos filmes de Natal também ajudaram hits como Aquaman (a maior bilheteria da história da DC), O Senhor dos Anéis, O Hobbit, os Star Wars da Disney, Jumanji: Bem-Vindo à Selva e o mencionado Wonka.

Assim, desde sua decepcionante estreia Mufasa tem mostrado excelente sustentação. O filme comandado por Barry Jenkins usou os últimos dias de dezembro, com as festividades do fim de ano, para turbinar sua bilheteria.

Em janeiro, a animação fotorrealista caiu pouco a cada semana. Ele chegou a assumir a liderança do ranking no terceiro fim de semana, tomando-a de seu rival Sonic 3: O Filme.

A aventura estrelada pelo ouriço dos games estreou no mesmo fim de semana de Mufasa e inicialmente arrecadou bem mais do que o rival. Foram US$ 60 milhões para Sonic 3 contra os mencionados US$ 35 milhões do filme da Disney.

Nos dias que se seguiram, Mufasa ultrapassou a bilheteria diária de Sonic e agora está muito mais perto. Apenas US$ 10 milhões os separam na bilheteria americana: são US$ 206 milhões para Mufasa contra US$ 216 milhões para Sonic 3.

Mufasa é maior que Sonic nas bilheterias

Globalmente, Mufasa tem uma vantagem muito maior sobre o velocista. Enquanto o rei leão tem, como você viu acima, quase US$ 600 milhões, Sonic 3 finalizou o fim de semana com US$ 420 milhões.

A bilheteria do ouriço nos mercados internacionais é menor do que nos EUA/Canadá. Em muitos países, o grande blockbuster de Natal foi Mufasa ao invés de Sonic.

Afinal, a trilogia do Sonic tem mostrado apelo limitado fora da América do Norte, com bilheterias que, se não são ruins, também não empolgam.

No fim das contas, Mufasa vai terminar a carreira com cerca de US$ 1 bilhão abaixo do remake de O Rei Leão. Este foi a segunda maior bilheteria de 2019, com um total de US$ 1,66 bilhão. Mas isso não faz de Mufasa um fracasso.

Pelo contrário: o musical se recuperou, mostrou excelente sustentação (o que é o melhor sinal de que o filme agradou o público), entrou para o ranking de maiores de 2024 e vai fazer dinheiro para a Disney.

Portanto… Devemos esperar um O Rei Leão: A Nova Geração em “live-action para o futuro?

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