Lilo & Stitch já fez mais de US$ 600 milhões na bilheteria
Lilo & Stitch alcança bilheteria de mais de US$ 600 milhões e vai se firmando como uma das maiores arrecadações do ano.

Após duas semanas em cartaz, o remake live-action de Lilo & Stitch atingiu US$ 611 milhões de faturamento na bilheteria global.
Desse total, US$ 280 milhões vieram da bilheteria americana e US$ 331 milhões dos mercados internacionais.
Afora os EUA/Canadá, seus maiores países são México (US$ 45,9 milhões), Reino Unido (US$34,5 milhões), França (US$ 23,1 milhões) e o Brasil (US$ 21,6 milhões, que equivalem a quase R$ 124 milhões na cotação atual).
Agora Lilo & Stitch é a terceira maior bilheteria de 2025. Ele perde apenas para Um Filme Minecraft (US$ 941 milhões) e a animação chinesa Ne Zha 2 (US$ 2.2 bilhões).
Um rio de dinheiro para a Disney

Mas o mais impressionante sobre Lilo & Stitch é que o filme custou apenas US$ 100 milhões para ser feito. Ou seja, já faturou mais de 6 vezes seu orçamento, tornando-o extremamente lucrativo para a Disney.
E isso apenas nas bilheterias. Afora isso, ainda há rios de dinheiro ganhos com merchandising. Como explicamos aqui, a marca Lilo & Stitch ainda faz muito dinheiro com a venda de brinquedos, roupas e todo tipo de produto para crianças e adultos.
Além disso, o longa é um dos mais populares no Disney+, tendo sido assistido por 280 milhões de horas.
Porém, se a franquia é tão adorada e gera tanto dinheiro assim para a Disney, por que a Casa do Mickey investiu “apenas” US$ 100 milhões no live-action? Enquanto, ao mesmo tempo, gastou US$ 270 milhões com Branca de Neve?
A resposta está na mudança de mentalidade que a Disney passou nos últimos anos.
Streaming vs cinema

Lilo & Stitch foi inicialmente pensado como um filme exclusivo para o Disney+. Por isso o custo de produção mais barato: o longa simplesmente era uma produção para a TV que foi promovida ao cinema.
Essa promoção ocorreu porque a Disney percebeu que ganharia mais dinheiro se lançasse suas marcas mais populares no cinema e só depois no streaming. Com isso, Moana 2 (que era para ser uma série) e agora Lilo & Stitch foram transformados em blockbusters para os cinemas.
Há quatro ou cinco anos, no auge da pandemia, a Disney decidiu apostar tudo em seu recém-lançado serviço de streaming. Com os parques fechados, impossibilitada de fazer cruzeiros e os cinemas funcionando com restrições, o Disney+ se tornou a fonte de receita mais segura. Seria ideal se a Casa do Mickey lançasse novidades todas as semanas para que as famílias pudessem ver durante o lockdown.
Mas foi só os cinemas reabrirem e voltarem a lançar blockbusters com regularidade que a audiência retornou em peso. Diversos filmes deste ano quebraram recordes de bilheteria.
A Disney (bem como outras empresas hollywoodianas como a Warner e a Universal) perceberam que tentar transformar suas plataformas de streaming na nova Netflix seria perseguir “ouro de tolo”.
Tal missão impossível, que Wall Street e o coronavírus as forçaram a perseguir, causou danos que vemos até hoje em Hollywood. Das greves de 2023 ao enfraquecimento de franquias antes lucrativas (como a Marvel). Tudo pois engravatados decidiram que os centenários conglomerados Hollywoodianos deveriam perseguir o modelo Netflix.
Eles somente se esqueceram que o público já estava totalmente acomodado com a Netflix, e que assinar outros streamers seria proibitivamente caro para a maioria das famílias. Não importa quantas franquias de peso e revivals de séries antigas os novos streamers trouxessem.
Vence o cinema

É claro que o Disney+ ainda é extremamente relevante para a empresa. No mínimo, ajuda a Disney a perceber quais de suas franquias estão com bom desempenho. Isso os ajuda a autorizar filmes com maior probabilidade de sucesso. Foi assim que eles investiram em Moana 2 e Lilo & Stitch.
Porém, o que o retorno ao normal após a pandemia os fez perceber é que o cinema e o streaming podem ser combinados para maximizar os ganhos.
Eles chegaram à conclusão que um lançamento nos cinemas torna um filme um evento maior do que se fosse somente no streaming. Lá, tal filme logo seria enterrado sob montanhas de “conteúdo”. Logo, seria esquecido em meio ao bombardeio despejado diariamente nos streamers e redes sociais.
Isso foi o que houve com filmes promissores como Soul, Luca, Red: Crescer é uma Fera e mesmo Encanto (que recebeu um rápido lançamento nos cinemas).
O fato de tais animações serem originais piorou o problema de acostumar a audiência a ver no cinema somente sequências, remakes, prequels, etc. Enquanto deixa para ver em casa produções não ligadas a nenhuma franquia de sucesso do passado.
Apesar desse estrago, a Disney vai tentar novamente convencer o público a ver um original nos cinema: Elio. Será que o público vai conferir ou o garoto abduzido por aliens terá que pedir dinheiro emprestado para a Lilo?
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